Cinco mostras temáticas serão realizadas durante o Festival Buriti de Audiovisual: Pindorâmica, Cerrado com C, Memórias e outras coisas esquecidas, Culturas dos além e Mostra Universitária. Todos os filmes foram selecionados a partir de cuidadosas curadorias dos professores do Centro Multidisciplinar da UFOB em Santa Maria da Vitória. Veja abaixo do que trata cada mostra e acompanhe a programação do festival:
MEMÓRIAS E OUTRAS COISAS ESQUECIDAS
Exibição: 2/12, 19h, sala 5
Movimento cultural independente, criado por jovens em 1981, a Semana de Arte Cultura de Santa Maria da Vitória foi realizada até o ano 1995. Ao todo foram 15 edições. Dois, dos três filmes desta mostra, fazem um recorte da participação de Bule Bule em 1988 e Gilberto Gil na edição de 1990. O terceiro filme, datado da década de 1970, mostra o Mestre Guarany, primeiro artista popular da arte moderna brasileira, em seu cotidiano e conta a história das carrancas do São Francisco.
MOSTRA UNIVERSITÁRIA
Exibição: 3/12, 9h30, sala 5
Esta mostra apresenta trabalhos realizados por estudantes dos cursos do campus de Santa Maria da Vitória, da Universidade Federal do Oeste da Bahia. São filmes publicitários, curtas metragens, documentários e videoclipes. Veja os filmes da mostra: Laticínios Oeste (2’26”, filme publicitário), Passarim (10’45”, curta metragem), Vale do Corrente (55”, filme publicitário), Nutella (30”, filme publicitário), Transformando vidas (6’45”, filme institucional UFOB), Margem seca (6’, documentário de curta metragem), Cama de Quiabento (5’36”, videoclipe), Brastemp Homenagem 90’S” (3’44”, campanha), 10 anos de UFOB Samavi (3’04”, filme publicitário), Ansiedade (4’, curta metragem), Desespero (5’56”, curta metragem), Residência Manu Romeiro (2’41”, documentário de curta metragem) e Smells like teen spirit (5’22”, videoclipe NAVI).
MOSTRA PINDORÂMICA
Exibição: 3/12, 14h30, sala 5
Com filmes produzidos em vários estados do país e uma produção argentina, mostra faz um recorte audiovisual da cosmovisão indígena em diversas dimensões, em realizações documentais, ficcionais e híbridas. A mostra, que tem duração de 1h20 é composta pelos filmes: Ava Marangatu (Direção: Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Jhonn Nara Gomes, Jhonatan Gomes, Edina Ximenez, Dulcídio Gomes, Sarah Brites, Joilson Brites. Ficção. 14 min. MS. 2016), A Febre da Mata (Direção: Takumã Kuikuro. Documentário. 10 min. MT. 2022), Pinjawuli: o veneno me alcançou (Direção: Bih Kezo. Docfic. 2 min. RR. 2021), O verbo se fez carne (Direção: Ziel Karapotó. Experimental. 7 min. PE. 2019), La Canoa de Ulises (Direção: Diego Fio. Ficção. 15 min. Argentina. 2016), A festa dos encantados (Direção: Masanori Ohashy. Animação. 13 min. MA. 2016) e Terra Sem Pecado (Direção: Marcelo Krahô. Documentário. 20 min. DF. 2020).
CULTURAS DOS ALÉM
Exibição: 3/12, 19h, sala 5
Os três filmes apresentados nesta mostra fazem um recorte de como as espetacularidades extracotidianas, as manifestações tradicionais, são abordadas pelos realizadores audiovisuais. Areeiros do Corrente (Revista A e Opa, 2015, 16,13’), trata da cultura da retirada de areia no leito do rio Corrente; Seu Limiro das caretas, artesão de resistência popular (Justino Cosme, 2019, 10’), aborda a caretagem da Malhação de Judas em duas comunidade rurais, uma de Santa Maria da Vitória (São Pedro ou Açudina) e outra de Canápolis (Santo Antônio). O terceiro filme, Folia de Reis do Piengo (Robson Vieira, 2017, 13’), mostra o tradicional festejo da folia de Reis no Piengo, comunidade de Santa Maria da Vitória.
CERRADO COM C
Exibição: 5/12, 14h30, sala 5
Mostra traz para o centro do debate a dura realidade das comunidades tradicionais diante das grilagens e da expansão do agronegócio na região. Com duração de 1h20, os quatro filmes da mostra, Guerra e paz no sertão dos Gerais (Leandro Caetano, 2007, 22’), Gerações Geraizeiras (10envolvimento ADES, 2017, 27,50’) e O massacre da Lagoa da Serra (Juvenal Neves, 2006, 16,30’) e Eu quero ser cerrado com C (Josiel Rusmont, 2024, 16’) estão contextualizados no cerrado brasileiro. Os três primeiros, especificamente, nos territórios das bacias dos rios Grande e Corrente, e do Velho Chico.
O nascimento do cerrado: cena do filme Eu quero ser cerrado com C (Foto: fotograma)
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